Interpretação simultânea vs Interpretação consecutiva

Há uma tendência para chamar também a esta atividade tradução. Na realidade, interpretação é diferente de tradução. A tradução é escrita. A interpretação é falada.

Para quem gosta de comunicação, esta é uma das experiências mais interessantes nesta área de trabalho: é aqui que o intérprete desempenha um papel muito importante na aproximação de duas pessoas com culturas diferentes e que não falam a mesma língua.

Com a emergência das reuniões remotas, este tipo de tarefa tem ganho muita relevância.

Então, qual é a diferença entre estas duas atividades?

Na interpretação simultânea, o orador fala em contínuo e o interprete traduz o mais rapidamente possível o discurso da língua de partida para a língua de chegada.  

Na interpretação consecutiva, o interprete tem oportunidade de tirar notas e, quando o orador faz pausa, o profissional reproduz o seu discurso para a língua de chegada.

A primeira é muito intensa e cansativa, não pode ser feita durante longos períodos de tempo, é feita por uma equipa de duas pessoas e, dadas as condições, tende a ser menos rigorosa. É usada maioritariamente em congressos e conferências – muitos dos quais agora ocorrem online.

Na segunda, embora seja igualmente intensa e exija um grande foco e concentração por parte do intérprete, este tem mais controle sobre a tradução e o resultado desta é mais preciso. Usa-se muito em reuniões de negócio.

De momento, para a pessoa que faz interpretação, apenas existem duas ferramentas disponíveis: a memória e o bloco de notas.

Pessoalmente, eu gosto muito de fazer interpretação consecutiva – é uma área onde tenho oportunidade de juntar as minhas duas paixões: a comunicação e os negócios.