O melhor são as pessoas

Como está a correr o verão?

Eu tirei alguns dias de férias em junho e agora estou a trabalhar, portanto, conte comigo em julho e agosto, se precisar – ainda tenho espaço para acomodar mais algum projeto.

Entretanto, tirei um tempo para refletir sobre a minha forma de trabalhar. Não tem nada de especial e único, mas o processo que uso é sempre o mesmo e tem resultado bem. Pelo menos, os clientes têm manifestado o seu agrado pelos trabalhos e isso deixa-me feliz.

Normalmente, quando recebo um trabalho – tradução ou legendagem, sigo estas etapas:

  1. Leio o texto ou vejo o vídeo completo para entender o tom geral da mensagem.
  2. Destaco termos que necessitam de pesquisa mais profunda e frases idiomáticas (para verificar se existem equivalentes em português ou para pensar numa forma interessante de as traduzir, caso não haja equivalências).
  3. Caso existam, analiso cuidadosamente as instruções do cliente e, se alguma coisa não está clara, coloco as minhas dúvidas.
  4. Após ter na minha posse todos os dados, inicio o trabalho e, aqui, gostaria de destacar duas coisas:
    1. Tempo – costumo começar com a máxima antecedência possível – detesto concluir trabalhos muito em cima do tempo limite. Aliás, em projetos com alguma complexidade, para mim, é essencial ter um prazo razoável.
    1. Criatividade – olho para o texto-fonte atentamente, apreendo-lhe o sentido e procuro uma forma de dizer o mesmo em português, mas como se o texto não fosse uma tradução. O resultado da tradução tem de ser um texto que pareça ter sido escrito originalmente em língua portuguesa.
  5. Depois da tradução concluída, releio em voz alta, para perceber se as frases são naturais e não ficaram prisioneiras de estruturas típicas do texto original. A leitura em voz alta é também importante para perceber o ritmo do texto e para partir frases demasiado grandes em várias mais pequenas, para facilitar a leitura.
  6. Realizo uma segunda leitura, comparando o texto traduzido com o texto fonte.
  7. Deixo em banho-maria umas horas, ou, idealmente, durmo sobre o assunto. Faço uma última releitura e envio ao cliente.

Cá está o meu método. Invariavelmente usado em todos os trabalhos. Leva tempo, é verdade, mas deixa-me tranquila de ter feito o meu melhor.

Claro está que, com esta paixão/mania da palavra certa, às vezes, uns dias depois ainda me ocorre uma palavrinha ainda mais perfeita para um determinado contexto.

Evidentemente, o feedback dos clientes, mesmo que informal, é um incentivo enorme e eu tenho o privilégio de ter os melhores clientes do mundo. Tenho mesmo, o universo é generoso e só coloca boa gente no meu caminho.