Interpretação consecutiva e escuta ativa

Diz-se que as pessoas ouvem para falar e não para escutar. Julgo que é verdade, na maioria das vezes. Quem nunca deu por si a ouvir alguém e a ter simultaneamente no pensamento o que vai dizer a seguir?

A ESCUTA ATIVA é um exercício que se treina e, no caso da INTÉRPRETAÇÃO CONSECUTIVA, esta competência é essencial, porque o intérprete não escuta para responder ou participar na conversa, mas sim para recordar e poder reproduzir fielmente o discurso noutra língua.

A atenção ao que é dito é importante e a memória é essencial. É igualmente relevante saber tirar notas, hierarquizar a informação e distinguir informação importante de informação secundária.

Depois, deve saber transmitir o discurso de forma apelativa, com uma boa gestão do tom de voz.

No caso de reuniões de negócios, é interessante ter experiência nessa área, pois a forma como se transmite o discurso tem que ter em conta as nuances do que é dito pelo orador e que devem impactar o recetor.

Com a recente emergência das reuniões remotas, esta atividade tem crescido e eu gosto particularmente de a exercer. Concilio, num só momento, o meu gosto por comunicação interlinguística e pelo ambiente de negócios.

Assim, aqui estão as três principais ações da interpretação consecutiva:

– escuta ativa (compreensão)

– análise (tirar notas estruturadas)

– reprodução (comunicação)